Juventude brasileira: um desafio e uma baita oportunidade!
Temos um desafio e uma oportunidade enorme em mãos: os jovens brasileiros!
É evidente que existe um baita paradoxo no Brasil: de um lado, temos 20 milhões de jovens desempregados, popularmente conhecidos como “nem-nem” – nem estudam, nem trabalham – ou em cargos vulneráveis no mercado informal. Do outro, milhões de vagas projetadas nas empresas que não serão fechadas por falta de profissionais qualificados. Mais do que isso, vivemos um dos momentos mais complexos para a juventude brasileira (bônus demográfico, alto desemprego, impacto da pandemia na educação etc).
Como uma das formas de minimizar esse problema complexo surge uma política pública que visa inserir os jovens brasileiros no mercado de trabalho, a de jovem aprendiz. Empresas de médio e grande porte deveriam ter, pelo menos 5% da sua base de colaboradores formada por jovens com idade entre 14 e 24 anos.
Mas ao estudar um pocuo os números é fácil afirmar que, por enquanto, essa política pública está praticamente falida. São mais de 500 mil aprendizes no Brasil e cerca de 85% estão atuando e sendo formados como assistente administativo, auxiliar de varejo ou de logística. Ou seja, não estão se desenvolvendo nas áreas onde as empresas realmente tem dor de talentos.
O resultado disso?
Menos de 15% dos jovens aprendizes são efetivados, o restante é desligado e volta para o mercado. E a empresa perde cerca de 20 mil reais por jovem a cada ano, um baita prejuízo, ao mesmo tempo que não forma os talentos que precisa!
Um política pública frágil, com um método de ensino/desenvolvimento pouco eficiente e que se descontada quase que totalmente da necessidade das empresas e do país em si.
Mas da para ir além, quando conversamos com jovens aprendizes, percebemos que há muito espaço para melhorias:
Eu sinto que não existo dentro da empresa, estou ali porque eles são obrigados a contratar e vou para o curso na XXXX apenas para marcar presença. O que aprendo lá é totalmente irrelevante (ex: me falaram sobre como organizar documentos)
Ao dissecar o cenário, encontramos um desafio ainda maior que apenas a fragilidade da política pública. Lidamos diariamente com um grande problema social Além da dificuldade do primeiro emprego, manter-se é um desafio. Um desafio também reconhecido pela ONU por uma de suas ODS:
Empregabilidade não é apenas ter um bom emprego, mas sim ter e manter-se em um bom emprego
Por que não estamos usando essa política/oportunidade para realmente incluir esses jovens?
Por que esses jovens ainda estão aprendendo funções extremamente operacionais?
Por que ainda não estamos usando esse programa pra formar a categoria de base de talentos que precisamos?
(As perguntas e provocações são infinitas, mas vou parar por aqui para seguirmos na conversa)
Em resumo, é evidente que existe aqui uma oportunidade imensa de transformar essa obrigação legal em um investimento estratégico. As empresas já investem um valor considerável (cerca de R$ 19.000/ano/jovem), mas infelizmente não colhem os frutos de maneira proporcional ao investimento, o que faz com que o programa seja tratado como algo supérfluo,. Ao mesmo tempo, os jovens precisam desse apoio para acessar o mercado e continuar nele e, no momento, encontram um suporte frágil e com baixa efetividade.
Esse é um desafio enorme, mas também é uma oportunidade de criar algo que mude a vida de milhões de jovens e suas família ao mesmo tempo que resolve uma dor de talentos nas empresas. É nesse contexto todo que surge a Leapy, uma plataforma para contratar e formar jovens aprendizes, transformando uma obrigação legal em um investimento estratégico.
É só o começo de uma mudança enorme que acontecerá nos próximos anos, até porque não existe escolha se quisermos tornar o Brasil um país eficiente e inclusivo!
E por aí, qual sua visão sobre esse contexto?
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