top of page
  • Foto do escritorMatheus Fonseca

Mobile Dream, uma máquina de recrutar e formar talentos

(Post escrito a partir da edição do Mobile Dream em 2019)


Já parou para refletir sobre a guerra que existe no mercado para contratar profissionais para empresas de tecnologia? Existe uma alta demanda por talentos com experiência que “chegam jogando” versus uma oferta muito aquém do necessário. Dado esse cenário, já parou para pensar - ou fazer as contas - sobre os benefícios de uma estratégia de atração de jovens talentos? Por que não trazer pessoas no início da carreira e formá-las dentro da cultura da empresa? Será que não vale a pena?!


Na Movile, acredita-se que sim e existem provas reais - e numéricas - dos benefícios de apostar em jovens talentos. Escrevi esse artigo para contar um pouco sobre o Mobile Dream, programa de estágio e de pessoas recém-graduadas que liderei lá durante 5 anos. Em 2015 nasceu o Mobile Dream, que na época era composto por um programa de estágio - que aconteceu durante dois anos (2016 e 2017) - e também por uma edição (em 2018) para pessoas recém-formadas. Cada edição trouxe cerca de 14 contratações, sendo eu um dos contratados na turma de 2017 como estagiário da área de Gente.


No início de 2019, enquanto desenhávamos a estratégia de atração de talentos, sentimos a necessidade de ter um programa que ajudasse as empresas do nosso ecossistema a trazer pessoas incríveis e formá-las dentro de casa para que, no médio/longo prazo, elas assumissem papéis de liderança e reduzissem nossa demanda de trazer pessoas de nível sênior do mercado.


Para não ficar apenas na subjetividade e na vontade, nós fomos fazer algumas contas e colocamos tudo na ponta do lápis. Contratar um estagiário (a), de acordo com nossa experiências, tinha um CPH (custo por contratação) muito menor e em menos de 2 anos, aqui em nosso ambiente, essa pessoa tende a ocupar uma posição pleno/sênior. Quando olhamos para recém-graduados, que seriam os trainees, os números eram similares, uma redução do custo de contratação e em 1 ano prontos para liderar equipes e projetos.


Olhamos também para alguns exemplos de pessoas que vieram do programa, como por exemplo: um que entrou no programa de estágio de 2017 na PlayKids e hoje lidera negociações globais de conteúdo. Outro que entrou no iFood e em menos de 1 ano assumiu o desafio de criar a área de Live Ops do iFood que hoje conta com mais de 50 pessoas. Além de uma terceira pessoa, que entrou na Sympla e hoje atua como uma das principais lideranças da área de produto.


Pronto, estava validada a hipótese que um programa para jovens talentos tinha diversos benefícios, que nos traria resultados claros pensando em formação de talentos e até mesmo uma redução de custo. Foi assim então que redesenhamos e colocamos no ar o Mobile Dream Internship, programa de estágio para pessoas ainda na universidade, e o Mobile Dream Talent, programa para pessoas recém-graduadas.


Naquele momento tínhamos 3 grandes sonhos (gostamos muito de sonhar grande aqui rs)

  1. Não queremos criar mais um programa de talentos como outro qualquer que existe no mercado, que se comunica do mesmo jeito, faz uma dinâmica padrão e funciona dentro de uma caixinha. Queremos tornar o Mobile Dream o melhor programa de talentos do Brasil!

  2. Queremos encontrar a nossa liderança para os próximos anos, pessoas que guiem nossas mudanças, times, projetos e empresas. Precisamos trazer um próximo (a) CEO, COO e outras lideranças pelo Mobile Dream;

  3. O programa precisa trazer diversidade para as contratações, se trouxermos 100 pessoas dentro de um padrão (que todos nós aqui já sabemos que existe) não teremos atingido sucesso.

Foram mais de 25.000 pessoas inscritas nos dois programas (isso chegou em 42.000 em 2022), o que representou um aumento de 500% em relação às edições anteriores. Além disso, cerca de 60% das inscrições foram geradas pelas estratégias de atração que foram desenhadas e guiadas por nós, o que reforça que o relacionamento com os jovens traz resultado.


Toda nossa seleção online foi guiada pela Fabi, um bot que cuidou do contato com nossos candidatos (as), fazendo a inscrição em uma conversa de 3’30 minutos, guiando nosso teste de lógica, o fit cultural e também a etapa de história e experiência, que era composta por perguntas para nos ajudar a ir mais fundo na história de cada pessoa, entendendo suas vivências, desafios e motivações. Chegamos ao final da etapa online e já tínhamos as 400 pessoas aprovadas para a etapa presencial, que chamamos de Movile Experience, sendo 200 para cada programa. Isso representa cerca de 1,5% das 25.000 pessoas inscritas, o que por si só é um grande filtro.


Dessas 400 pessoas convocadas, cerca de 30% eram negras, 50% mulheres (grande parte delas da área de tecnologia) e 17% LGBTI+, além de termos 19 estados representados e mais de 100 universidades. Conseguimos trazer diversidade até aqui, mas ainda não era suficiente!


Após uma etapa presencial marcante chegou o momento tão esperado, a definição das pessoas aprovadas e a proposta para o tão sonhado emprego!


O Mobile Dream foi um marco não só para mim, mas sem dúvida para todas as pessoas envolvidas e para as empresas do Grupo Movile. Foram 25.000 pessoas inscritas e 60 talentos selecionados para atuar no iFood, Sympla, Playkids e várias outras empresas investidas da Movile.


Mais do que um número de inscrições ou de contratações, atingimos 97% de NPS e recebemos depoimentos como esse abaixo, que mostra que sem dúvida nenhuma geramos uma experiência marcante para cada candidato (a) do nosso programa.

Com toda certeza, foi o melhor processo seletivo que já participei. Muito Obrigada por me permitir presenciar um dia tão incrível como esse. Independente do resultado, minha paixão pela Movile nunca vai morrer.

Sabe as pessoas contratadas? Não adiantaria nada termos um bom número de diversidade no processo se ele não se refletisse nas pessoas aprovadas, por isso ficamos muito felizes em ver que dentre as pessoas contratadas nós temos 40% de pessoas negras, 25% LGBTI+, 50% de mulheres e 48% de mulheres em tecnologia. São 10 estados representados entre as pessoas contratadas e cerca de 30 universidade.


Além de números, temos grandes aprendizados:

  • Iniciativas para jovens talentos isoladas, sem uma estratégia de constância e relacionamento, não trarão resultado. Mas se conseguirmos desenhar ações que se conectem e atuem em toda jornada teremos resultados incríveis;

  • Um programa que é desenhado com foco na pessoas, candidatos (as) e avaliadores (as), gerará uma experiência marcante para ambos os lados;

  • Diversidade tem que ser ativamente trabalhada, não adianta usar “fotos de pessoas diversas” na divulgação e esperar que isso traga pessoas negras, por exemplo, para sua turma de estagiários (as), é preciso atuar em cada etapa para garantir isso e reduzir qualquer barreira ou viés. E sim, é totalmente possível ter um processo diverso;


 

Quer falar sobre como transformar seu programa de jovem aprendiz em uma máquina de formar talentos? Chama a Leapy no Whatsapp, podemos te ajuda 🙌



Comments


bottom of page